O Projeto “Parnamirim, um rio que flui para o mar da leitura”, da Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Parnamirim, vem, de público, e formaliza nota de veemente repúdio à queima da Biblioteca Escolar Raimunda Basílio e dos demais espaços escolares, fato ocorrido no último sábado, dia 18 de dezembro de 2015.
Cumpre, na Escola Osmundo Faria, a célebre frase do poeta Heinrich Heine, escrita em 1821: quando se queima livros acaba-se queimando pessoas. Ferem-se os meninos e meninas leitoras do Bairro de Passagem de Areia, machucam-se os professores, chamuscam-se as emoções da gestora da escola Sandra Lima e de seu corpo pedagógico, e afogueiam-se as emoções das mediadoras de leitura Santana Oliveira e Joseane Chaves, responsáveis diretamente pelo espaço.
A destruição de livros, no entanto, não é privilégio dos tempos modernos, mas um triste hábito há milênio de anos. E, ainda hoje, em países conservadores, o livro é um objeto perseguido e perigoso. A pergunta é: ao atear fogo nas centenas de livros da biblioteca, os apagaremos da história da escola? Não! Apenas um gesto de violência simbólica para com a comunidade escolar do bairro, por isso, é preocupante não apenas pela ação, pelo fogo no objeto em si, mas por todo o significado por trás do ato.
Fica, aqui, registrado o lamento do projeto e o desejo que o fato seja investigado e levado às autoridades competentes para que estas possam tomar as providências cabíveis e impedir que esses grupos continuem agindo na cidade.
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ùltima ação ocorrida com a obra de |

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