O Livro e o Alicerce de um Império
14:08:00Rio de Leituradeitado, fazia degrau de escada; inclinado, encostava num outro e fazia telhado”.
Ouvi o trecho da mensagem de Lygia Bojunga escrito para o Dia Internacional do Livro Infantil e Juvenil, publicada em seu livro “Livro”, em uma escola municipal. De onde estava, nas tentativas de eternizar o momento com minha máquina fotográfica, um pilar, um elemento estrutural me atrapalhava a visão das leituras feitas por professores e crianças do 5º ano durante o "Tributo ao Livro".
No decorrer do evento, entendi melhor. Aquela coluna que recebia os esforços diagonais da antiga edificação escolar bem representava metaforicamente o que um dos grandes nomes da literatura infantojuvenil brasileira escreveu. E o Íris de Almeida sabe – e bem – que o experimento de formar leitores já se apresenta como realidade concreta.
Um sarau. Um evento. Algumas professoras presentes igualmente envolvidas com o objeto livro. Inúmeros leitores. Uma viga de vigor.
Os exemplos das leitoras irmãs Romana e Sofia – antigas alunas da instituição que compartilharam com os presentes a convivência afetiva com os livros já a fazem vencedoras (as irmãs conquistaram medalhas na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas). As meninas reconheceram e agradeceram o alicerce dado pela escola, lendo textos poéticos de sua autoria.
deitado, fazia degrau de escada; inclinado, encostava num outro e fazia telhado.”
Lygia Bojunga
P.S.: Este relato, íntimo, pessoal e apaixonado, distanciado da linguagem objetiva e informativa em terceira pessoa, é dedicado às construtoras em construção Lygia Bojunga e Francilene Nunes (mediadora de leitura da Biblioteca Escolar José Xavier Cortez). Ainda que tenha acontecido hoje, esta matéria não apresenta a data propositadamente. Esta ação de formar leitores inscreve-se todos os dias no iglu, na cabana, no palácio, no arranha-céu da Escola Íris de Almeida.
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